21 Razões para Amar as Pombas
Poucos animais são tão caluniados como os humildes pombos, os habitantes emplumados com quem dividimos as nossas cidades, subúrbios, e se eles tiverem sorte, as ocasionais migalhas.
Mas apesar da reputação típica que as pessoas costumam imputar-lhes, embora injusta e sem fundamento, de “pestes urbanas” ou “ratos com asas”, há inúmeras razões para apreciá-los. As informações são do The Dodo.
- Eles foram os primeiros pássaros domesticados pelos humanos
A relação da humanidade com os pombos remonta aos primórdios da civilização, e provavelmente é até mesmo anterior a isso. Pombos domesticados, também conhecidos como pombos-das-rochas, foram citados pela primeira vez em escrita pictográfica feita em tábuas de argila no período mesopotâmico, há mais de 5.000 anos. Alguns estudiosos acreditam que esse pássaros eram mantidos pelos homens do Neolítico, há 10.000 anos atrás. - Eles fazem acrobacias no ar
Muitos pássaros são conhecidos por fazerem performances aéreas impressionantes em busca de presas ou para evitar serem capturados, mas poucos realizam movimentos tão incríveis quanto os pombos. Não se sabe ao certo por que eles fazem tais cambalhotas durante o voo, embora alguns pesquisadores venham cogitando que seja simplesmente por diversão. - Eles aprenderam a andar de metrô
Apesar de serem ótimos voadores, alguns pombos aprenderam a usar outros meios de transporte. Ver um pombo que foi parar acidentalmente dentro de um vagão de metrô não é algo tão raro, mas alguns em Estocolmo parecem ter descoberto como o sistema funciona.
Motoristas de trens afirmam que costumam ver pombos regularmente andando de metrô desde o início dos anos 90 – e que eles são realmente passageiros modelo. - Eles reconhecem pessoas que são bondosas para com eles
Embora eles possam parecer um tanto distantes, os pombos se lembram de rostos pelos quais eles passam. Em um estudo focado em aves no centro de Paris, uma pesquisadora oferecia comida aos pássaros, enquanto outra os perseguia. Quando isso se repetiu por várias visitas, os pombos começaram a evitar a que os perseguia, e se sentiam atraídos pela que os alimentava, mesmo que elas estivessem usando roupas diferentes.
“Ficou evidente que os pombos reconheceram as pesquisadoras pelos seus rostos, uma vez que ambas eram mulheres e de idade similar, de mesma constituição física e cor de pele”, concluíram a cientista Dalila Bovet e sua equipe. - Eles veem o mundo em um caleidoscópio de cores
Sabe-se que os pombos possuem uma visão extraordinária e são capazes de diferenciar entre matizes de cores quase idênticos. Humanos, por exemplo, têm um sistema triplo de percepção de cores, enquanto os pombos têm foto sensores e filtros de luz que podem distinguir cinco faixas de espectro – fazendo o mundo lhes parecer um caleidoscópio virtual de cores. - Eles são as únicas aves que podem sugar a água
- Eles aprendem o alfabeto
Os pombos não são criaturas simplórias. Um estudo revelou que esses pássaros podem aprender a distinguir cada letra do alfabeto e reconhecê-las de uma maneira muito similar à dos humanos, até mesmo confundindo certas letras que as pessoas também frequentemente confundem. - Eles também são bons matemáticos
Outro estudo demonstrou que os pombos têm a mesma competência matemática dos primatas não humanos, exibindo uma habilidade para aprender conceitos abstratos, diferenciar números de objetos, ordenar pares e julgar quantidades com precisão. Até então, com exceção dos humanos, habilidades equivalentes somente foram registradas em macacos Rhesus. - Eles podem aprender a jogar ping-pong
Nos anos 50, o psicólogo B.F Skinner buscou mostrar que o comportamento animal era condicionado por fatores externos e não apenas pelo instinto. Para ajudar a comprovar o seu ponto de vista, ele ensinou diversos pombos a jogar ping-pong. - Um pombo salvou cerca de 200 soldados na Primeira Guerra
Em 1918, durante as semanas finais da Primeira Guerra Mundial, 194 soldados americanos foram presos dentro de áreas dos inimigos e estavam sendo alvejados tanto pelas tropas alemãs quanto por seus aliados que os confundiam com forças inimigas. Sua única esperança de lançar alertas sobre a sua situação estava em diversos pombos mensageiros que eles levaram com eles.
Quando os dois primeiros pombos foram mortos a tiros, um único pombo chamado Cher Ami era tudo o que eles tinham para transportar a mensagem. Apesar desse pássaro também ter sido baleado diversas vezes após ter deixado o esconderijo, ele sobreviveu e entregou a nota salvadora de vidas. Por essa ação, o pombo recebeu o prêmio “Croix de Guerre”, uma homenagem concedida a tropas estrangeiras pelo Exército Francês. - Eles podem voar a mais de 160 km/h
Embora eles nem sempre demonstrem isso, alguns pombos podem voar incrivelmente rápido e por longas distâncias, sendo capazes de alcançar até mais de 160 km/h em breves explosões. - Na verdade, eles podem ser mais rápidos que a Internet
Em 2009, um pombo chamado Winston provou ser mais rápido que o serviço de Internet oferecido pelo maior provedor da África do Sul. A ave foi colocada em linha com um provedor de internet, carregando um cartão de memória de 4GB durante um percurso de 60 milhas. Winston foi capaz de transferir fisicamente os dados em uma hora, enquanto o provedor levou duas horas para fazer o download digital. - Eles ajudaram a estabelecer a agência de notícias Reuters
Em meados de 1840, antes do início do que se tornaria uma das maiores agências de notícias internacionais, Paul Julius Reuter estava estudando melhores formas de distribuir informação em tempo real. Suas primeiras tentativas começaram com um serviço envolvendo o uso de bandos de pombos correio para entregar correspondências a grandes distâncias, até serem substituídos pelo posterior uso do telegrama. - Eles foram os pioneiros em fotografia aérea
Não muito tempo após eles terem sido “aposentados” do ramo de notícias, eles adentraram o universo da fotografia. Em 1907, um farmacêutico alemão chamado Julius Neubronner desenvolveu câmeras para serem acopladas a pássaros. Esses anéis leves eram presos a pombos que deveriam tirar raras fotos aéreas durante o voo. Antes disso, tais imagens somente podiam ser capturadas com o uso de balões. - Eles são monogâmicos
E parecem realmente gostar de seus cônjuges. - Eles também se tornam grandes pais
Machos e fêmeas de pombos dividem igualmente as responsabilidades de cuidar do ninho, sendo que ambos incubam os ovos para dar um ao outro a chance de se alimentar e descansar. Ao invés de fazerem ninhos em árvores, eles preferem começar as suas famílias na segurança de aberturas de rochas, ou em ambientes mais urbanos, geralmente escondidos em topos e laterais de edificações. - Seus filhotes são graciosos, mas raramente são vistos
Filhotes de pombos são raramente vistos, pois seus cuidadosos pais apenas permitem que eles saiam após estarem plenamente crescidos. - Nikola Tesla amava pombos, e ele era um gênio
Além de seus estudos em eletricidade, o famoso e excêntrico inventor Nikola Tesla tinha uma forte obsessão por pombos. Ele era conhecido por fazer caminhadas diárias ao parque para alimentá-los, e até mesmo levava alguns para a sua casa quando os encontrava feridos.
Mas uma fêmea branca conquistou a afeição de Tesla em particular, mais do que os demais, e ficou com ele como animal de companhia e amiga até a sua morte.
“Eu amava aquela pomba, e ela me amava”, escreveu ele certa vez. “Enquanto estive com ela junto a mim, havia um propósito em minha vida”. - Picasso também admirava pombos, e sua filha recebeu um nome em homenagem a eles
Conhecido por gostar de trabalhar ao ar livre, o artista Pablo Picasso claramente recebia muita inspiração das criaturas de penas que viviam aos seus pés. Os pombos foram um tema frequente em seus trabalhos, como o seu “Le pigeon aux petit pois” (“The Pigeon with Green Peas”), de 1911.
Picasso até mesmo deu o nome de Paloma à sua filha, que em Espanhol quer dizer “pomba”. - O adorável e extinto “dodo” era basicamente um grande pombo
Pesquisadores que estudam genética afirmam que os pombos são os parentes vivos mais próximos da extinta espécie de pássaro chamada “dodo”. - Eles estão em toda parte onde também se encontram os humanos
Hoje, estima-se que haja 260 milhões de pombos habitando virtualmente cada cidade no mundo, vivendo e interagindo com humanos talvez mais do que qualquer outra espécie animal do planeta.
Talvez, pelo fato de serem tão abundantes, as pessoas tenham a tendência de ignorar as criaturas notáveis que eles verdadeiramente são.