Abatedouros
Você já parou para pensar porque come carne? Comer carne ou não significa mais que simplesmente alimentação. Você come ou não carne por motivos econômicos, religiosos, culturais, éticos, etc.
Mas a maioria das pessoas come carne PORQUE GOSTA… e isso por si só demonstra o quanto este motivo é fútil diante de tanto sofrimento causado por estas mortes…
Hoje em dia é comprovado que as pessoas podem e devem sim viver sem carne e derivados do leite, basta querer e se alimentar de forma saudável.
O Brasil mata 1 boi, 1 porco e 180 frangos por segundo, de acordo com dados oficiais do IBGE, imagine o incluindo o restante do mundo… é um holocausto silencioso e cruel!
COMO VIVEM E MORREM OS ANIMAIS DE CONSUMO:
BOIS E VACAS
As vacas vivem inseridas em hierarquias sociais complexas e possuem habilidades espaciais excelentes e até que amam música. Também são uns dos animais mais dóceis que existem!
No Brasil estes animais são criados soltos, mas já existe a Farm Factory, comum nos EUA, onde animais vivem a vida confinados. Em países frios como os do Cone Sul e da Europa eles são criados em lugares apertados e só comem ração porque o inverno queima o pasto.
Animais soltos muitas vezes passam fome, apanham, pois o manejo é brutal e vivem cheios de parasitas.
Em nosso país existem muitos abatedouros clandestinos e aí a morte do animal é mais cruel ainda. Eles recebem muitas pauladas e marteladas e ainda vivos e conscientes são sangrados e abertos, sentindo toda a dor do momento. Há também o abigeato que é o roubo de gado, onde eles são abatidos no pasto mesmo ou em abatedouros clandestinos.
Sem falar no horror que é o transporte de animais vivos para serem abatidos em outros países. Mais de vinte mil animais, a maioria novilhos, amontoados em navios de vários andares, sofrendo em alto mar por semanas a fio. O Brasil quer crescer este mercado cruel.
Bovinos e Eqüinos SIM EXISTEM ABATEDOUROS DE CAVALOS NO BRASIL!!!!! Saiba mais AQUI!
Bois a caminho do prato:
- 1º Estágio:
O animal chega à “central de empacotamento”, e é colocado em uma área de espera. - 2º Estágio:
O animal é enfileirado em um curral e um funcionário começa a conduzi-lo, com o auxílio de uma vara de eletrochoque, através de uma porta de aço. - 3º Estágio:
É feito o pré-abate através de: pistola pneumática ou atordoamento elétrico ou golpes de marreta - 4º Estágio:
O animal é pendurado em uma corrente pela pata traseira de cabeça para baixo (há a ruptura dos tendões da coxa, e o animal tem a carne rasgada pelo próprio peso). - 5º Estágio:
É feita uma abertura para esfola do couro (muitos animais recobram a consciência e gritam de dor nesse momento). - 6º Estágio:
É feita a degola e tanques aparam o jorro de sangue durante alguns segundos. - 7º Estágio:
O animal é baixado e começa o processo de esfola total e parte dos cortes de tetas, patas e línguas. - 8º Estágio:
O animal é arrastado em uma esteira onde há o corte em uma serra elétrica em duas metades, na posição da coluna vertebral. - 9º Estágio:
A carcaça é levada para uma câmara de resfriamento (a carne ainda contém calor do sangue). - 10º Estágio:
A carcaça é levada para a seção de corte em pedaços como os vistos em mercados e açougues.
GALINHAS
Galinhas e galos são incrivelmente inteligentes e entendem muito do que acontece no mundo à sua volta. Suas capacidades cognitivas e emocionais lhes permitem perceber tanto quanto crianças pequenas, primatas ou certos pássaros geralmente considerados muito mais inteligentes. Ao que tudo indica, seu órgão sensorial mais importante é o bico, com uma capacidade fenomenal de reagir ao paladar, olfato e tato. Qualquer dano a ele envolve grande sensação de dor. Elas adoram ciscar, tomar sol e criar seus ninhos.
Aves a caminho do prato
- 1º Estágio:
São despejadas como lixo dos caminhões que as trazem. - 2º Estágio:
Colocadas em um sistema de ganchos e transportadoras que fazem parte do sistema de abate automático. - 3º Estágio:
São molhadas e recebem uma descarga elétrica que deveria causar a inconsciência para o abate, mas essa corrente é reduzida causando somente dor (níveis maiores de corrente endurecem a carne). As aves vão para o próximo estágio com plena consciência. - 4º Estágio:
Processo de degola automática: as aves penduradas passam por uma máquina que vai degolando o pescoço. - 5º Estágio:
São imersas em um banho escaldante. - 6º Estágio:
Vão para a área onde serão depenadas e estrinchadas.
PORCOS
Os porcos são animais extremamente inteligentes como cães e golfinhos! São curiosos, adora brincar, explora o mundo com seu focinho. São animais afetusoso e de temperamento meigo e gostam de viver em grupos.
Porcos têm um alto grau de autoconsciência e maior capacidade de interação do que certos humanos com lesões cerebrais ou em estado de senilidade. Atendem quando são chamados (por humanos e por outros porcos), gostam de brinquedos (e têm seus favoritos) e são capazes de jogar videogames com controles adaptados aos focinhos;
Animais admiráveis, os porcos sonham, reconhecem os seus nomes, gostam de ouvir música, de brincar com bolas e outros objetos e, à semelhança dos humanos, gostam muito de receber massagens;
São animais que criam laços de amizade fortes e que se protegem uns aos outros. Capazes de reconhecer entre 20 e 30 indivíduos diferentes, incluindo humanos, os porcos habitualmente cumprimentam os seus amigos por contato nariz a nariz ou emitindo sons de saudação;
Os animais para abate tem uma vida triste e cruel… Vivendo em espaços de cimento, sem qualquer elemento mínimo de enriquecimento, nunca é dada a oportunidade de fazer o que de mais basicamente necessitariam: explorar o ambiente e o solo, correr, tomar banhos de sol ou de lama, ou, sequer, respirar ar fresco. São criados em espaços mínimos onde não podem nem deitar para descansar. São confinados desde que nascem até o abate. As porcas passam a maior parte das suas vidas em celas de gestação – tão pequenas, que elas mal se conseguem mexer e muito menos virar-se. São continuamente engravidadas, até que sejam abatidas. É prática generalizada os porquinhos serem cruelmente mutilados sem anestesia logo depois de nascerem. As caudas são amputadas e os dentes são cortados para minimizar os ferimentos que os porcos possam fazer uns aos outros. Os machos destinados ao consumo são castrados. Não lhes são dados quaisquer analgésicos para os aliviar do sofrimento em nenhuma destas amputações extremamente dolorosas.
Os leitões são habitualmente separados das suas mães depois de 2 a 4 semanas de vida, e são alojados com outros leitões que não conhecem. Se separados muito cedo, eles chamam pelas mães com sons frequentes e distintos e, em alguns casos, parecem mesmo desistir de viver!
As vidas dos porcos são abrupta e violentamente interrompidas depois de uma curta existência. Na natureza, os porcos poderiam viver até os 15/20 anos de idade. Depois do sofrimento também no transporte, os porcos são mortos nos matadouros por sangria, através do corte da jugular, depois de terem sido eletrocutados para ficarem atordoados. Por causa dos ineficazes métodos de atordoamento, muitos porcos ainda estão vivos quando são atirados para dentro de água fervente, que serve para lhes retirar os pelos do corpo e para lhes amaciar a pele. Quando são mortos, os porcos machos ainda são pouco mais velhos do que bebês – têm apenas cerca de seis meses de idade;
A suinocultura se expandiu no mundo inteiro, com exceções de alguns países da África e do Oriente Médio, porque o Islamismo proíbe o consumo de carne de porco. Com 38 milhões desses animais, o Brasil é o quarto maior produtor e exportador de carne suína do mundo.
Suínos a caminho do prato
- 1º Estágio:
Ao chegar do transporte, os porcos são conduzidos através de currais. - 2º Estágio:
Os animais são desacordados através de eletrochoque dolorosos que, na maioria das vezes, causam somente a paralisia e os mesmos permanecem conscientes. - 3º Estágio:
São então pendurados em correntes por uma das patas traseiras. - 4º Estágio:
São degolados com uma faca afiada, onde se aguarda então o sangue escorrer para os tanques. - 5º Estágio:
São imersos em água fervente (muitos animais são mergulhados conscientes na fervura). - 6º Estágio:
Passam pelo processo de esfola onde a pele é toda retirada. - 7º Estágio:
Chegam a mesa de corte onde são retirado suas vísceras e a carne cortada. Os animais são prensados o máximo possível para minimizar os custos.
CARNE DE VITELA
A carne de vitela é muito apreciada por ser tenra, clara e macia. O que pouca gente sabe é que o alimento vem de muito sofrimento do bezerro macho, que desde o primeiro dia de vida é afastado da mãe e trancado num compartimento sem espaço para se movimentar. Esse procedimento é para que o filhote não crie músculos e a carne se mantenha macia. Vitela ou baby beef é o termo que designa a carne de filhotes ainda não desmamados. O mercado de vitelas nasceu como subproduto da indústria de laticínios que não aproveitava grande parte dos bezerros nascidos das vacas leiteiras.
Veja como é obtido esse ‘produto’:
Assim que os filhotes nascem, são separados de suas mães, que permanecem por semanas mugindo por suas crias.
Após serem removidos, os filhotes são confinados em estábulos com dimensões reduzidíssimas onde permanecerão por meses em sistema de ganho de peso, alimentação que consiste de substituto do leite materno.
Um dos principais métodos de obtenção de carne branca e macia, além da imobilização total do animal para que não crie músculos, é a retirada do mineral ferro da sua alimentação tornando-o anêmico e fornecendo o mineral somente na quantidade necessária para que não morra até o abate.
A falta de ferro é tão sentida pelos animais, que nada no estábulo pode ser feito de metal ferruginoso, pois eles entram em desespero para lamber esse tipo de material.
Embora sejam animais com aversão natural à sujeira, a falta do mineral faz com que muitos comam seus próprios excrementos em busca de resíduos desse mineral. Alguns produtores contornam esse problema colocando os filhotes sobre um ripado de madeira, onde os excrementos possam cair num um piso de concreto ao qual os animais não tenham acesso. A alimentação fornecida é líquida e altamente calórica, para que a maciez da carne seja mantida e os animais engordem rapidamente. Para que sejam forçados a comer o máximo possível, nenhuma outra fonte de líquido é fornecida, fazendo com que comam mesmo quando têm apenas sede.
Com o uso dessas técnicas, verificou-se que muitos filhotes entravam em desespero, criando úlceras pela sua agitação e descontrole no espaço reduzido. Uma solução foi encontrada pelos produtores: a ausência de luz; a manutenção dos animais em completa escuridão durante 22 horas do dia, acendendo-se a luz somente nos momentos de manutenção do estábulo. No processo de confinamento, os filhotes ficam completamente imobilizados, podendo apenas mexer a cabeça para comer e agachar, sem poderem sequer se deitar. Os bezerros são abatidos com mais ou menos 4 meses de vida, de uma vida de reclusão e sofrimento, sem nunca terem conhecido a luz do sol.
A criação de vitelas é conhecida como um dos mais imorais e repulsivos mercados de animais no mundo todo.
Como não há no Brasil lei específica que proíba essa prática – como na Europa – o jeito é conscientizar as pessoas sobre a questão.
MÉTODOS UTILIZADOS PELOS ABATEDOUROS:
Pistola Pneumática: Uma “pistola” é apontada para a cabeça do animal e uma vara de metal é disparada para dentro do cérebro. A pistola é projetada de modo que a haste jamais sai completamente, ela simplesmente vara a cabeça do animal e depois é puxada pelo açougueiro enquanto o animal desmaia.
Este disparo, como o animal se agita muito, nem sempre é certeiro e, freqüentemente, atinge o olho ou resvala na cabeça do animal, gerando ainda mais dor.
Atordoamento Elétrico: Os animais são conduzidos molhados a um corredor e dali tangidos com choques elétricos de 240 volts.
Choques Na Cabeça: Um atordoador elétrico é utilizado para produzir um ataque e a garganta do animal é cortada, deixando-o sangrar até a morte.
Golpes De Marreta: Utilizando-se de um martelo específico golpeia-se a cabeça do gado quebrando o seu crânio (essa técnica também é usada em vitelas, pois os ossos do crânio de filhotes são mais macios).
Nem sempre o martelo acerta com precisão a região que causa a inconsciência, podendo rasgar os olhos ou o nariz do gado.
O QUE FAZER
Se não consegue parar de uma vez de comer carne, tente reduzir! Existe uma campanha muito famosa criada pelo Beatle Paul McCartney que se chama Segunda Sem Carne. Visite restaurantes vegetarianos e veganos e se surpreenda pela comida saborosa e saudável! E claro, não deixe de assistir documentários na internet que mostram esta triste realidade, pode te ajudar a mudar seus hábitos alimentares com menos crueldade em seu prato!
- A Carne é Fraca
- Terráqueos
- Cowspiracy
- Okja
Existem vários documentários, alguns no Netflix.