Casos de maus-tratos aumentam no RS
RS teve aumento de 20,6% nos casos de maus-tratos a animais em quatro anos Em 2023, foram 4.219 situações de violência contra bichinhos; Porto Alegre lidera o ranking de cidades gaúchas com mais registros deste tipo de crime.
Como sociedade não mudamos muita coisa desde a pandemia de onde os dados começam a ser divulgados. Ainda vemos os animais como inferiores, que podem ser descartados quando não nos servem mais. Os animais domésticos geralmente são comprados ou adotados pra suprir nossas necessidades: companhia, carência, presente pra alguém, pro filho ou por moda. Na 1a dificuldade é descartado ou pior, a responsabilidade é passada adiante. Geralmente pras ongs e protetores. Cansamos de receber na Soama e-mails de gente simplesmente dizendo: venham buscar como se fosse nossa obrigação.
Seguimos egoístas e descompromissados.
Outro dado que contribui pra vermos como sociedade os animais como descartáveis é que o exemplo não vem de cima. Não vemos o poder público efetivamente olhar pelos animais punindo maus-tratos, acolhendo animais abandonados, educando nas escolas ou castrando em massa. Não há hospitais veterinários públicos e sobra tudo pras ongs.
O governo segue sendo omisso.
A impunidade é fundamental também. Abandonar não dá cadeia, maltratar também não. Podemos contar nos dedos, infelizmente, os casos de prisão de gente irresponsável ou maldosa com os animais. Não faltam leis, falta punição e que as leis sejam cumpridas.
E outra coisa que vale ser mecionada é o desconhecimento ou até a falta de vontade de políciais, bombeiros, delegados ou juízes de fazerem a lei ser cumprida.
Se maltratar e abandonar não é punido com os rigores da lei, seguimos abandonando e maltratando que não dá em nada.
Conhecimento se tem… os animais sentem e sofrem. Nos amam incondicionalmente… sabemos o bem que nos fazem, o quanto melhoram nossa vida em muitos sentidos…
Por que ainda como sociedades fazemos o que fazemos com os animais?
Fica a reflexão!