Plásticos
Um total de 8 milhões de toneladas de plástico terminam em nossos mares a cada ano. Cerca de 1,5 milhão de aves, peixes, baleias e tartarugas morrem ao ano por causa de dejetos plásticos no mar.
E o problema pode se agravar: cinco “ilhas” desses resíduos flutuam nos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico.
No Pacífico Norte, 30% dos peixes ingeriram plástico em seu ciclo de vida. A (ilha de dejetos) do Pacífico é a maior. As outras são um pouco menores.
Por volta de 1997, essa massa de resíduos foi avistada pela primeira vez no Pacífico Norte, entre a costa californiana e o Havaí. Desde então, triplicou seu tamanho e, agora, ocupa uma superfície de 3,5 milhões de km2. Esta ilha cresce, aproximadamente, “80.000 km2 por ano”, alertou essa doutora em Hidrogeoquímica Ambiental.
Um artigo publicado em 2012 mostrava que esses resíduos de microplásticos – partículas menores a cinco milímetros – formavam uma “sopa mortal” para o ecossistema marinho.
Expedições científicas encontraram esses dejetos a até 1.500 metros de profundidade no mar.
Albatrozes que comem tampas de garrafa
As espécies marinhas confundem os resíduos plásticos com comida e morrem, ao ingeri-los.
“Encontraram no estômago de uma baleia cachalote peças de estufas para cultivo de tomate que foram destruídas por uma tempestade e entraram no mar”, contou a pesquisadora, acrescentando que do animal foram extraídos 20 quilos de plástico.
Aves marinhas como os albatrozes também acreditam que os restos plásticos que flutuam no mar são alimento.
Os pais dessas aves estão dando pequenos pedacinhos de plástico a seus bebês (…) Um jovem albatroz foi encontrado morto com o estômago cheio de plástico, porque os pais estão confundindo comida com tampas de garrafa.
Animais ficam presos em plástico e morrem ou crescem deformados.
Oceanos terão mais plástico do que peixes em 2050, diz estudo publicado recentemente!
Mudanças nas embalagens
As pessoas precisam rever seus conceitos quanto ao uso do plástico e as empresas também!
É necessária a busca por alternativas ao petróleo como material de base para sua produção – pois, caso nada mude, o plástico representará 20% da produção petroleira em 2050.
Vários países estão tentando limitar o uso de sacos plásticos. Na França, por exemplo, os sacos de plástico de uso único devem ser proibidos em março.
No Reino Unido, a legislação impõe que os consumidores paguem pelos sacos plásticos, a fim de tentar reduzir sua utilização.
Existem também empresas tentando criar plásticos ecológicos, que não afete tanto a natureza!
OS CANUDOS SÃO VILÕES:
Por que o canudo virou o novo inimigo da natureza?
Impacto causado pelos milhões de cilindros de plástico descartados diariamente – e o vídeo de uma tartaruga sufocada – despertaram a guerra contra o produto.
Popular desde os anos 1960, há três anos seu uso vem sendo questionado principalmente devido aos impactos ambientais.
500 milhões de canudos são usados e descartados diariamente apenas nos Estados Unidos. E, apesar de ter uma vida útil de dez minutos – o tempo que se gasta para tomar um refrigerante –, ele demora 500 anos para se decompor na natureza.
A guerra contra o produto ganhou força em 2015, depois que o vídeo de uma tartaruga viralizou na internet. Ela tinha um canudinho entalado em suas narinas. Mais recentemente, a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, decidiu proibir produtos de plástico em todo o Reino Unido. No Brasil, o grito também já começa a ecoar.
MICROPLÁSTICOS:
As microesferas de plástico podem ir parar até na água que bebemos. O aviso vem de especialistas norte-americanos que pedem pela proibição total destas substâncias usadas em cremes dentais, sabonetes líquidos, gel para ducha, esfoliantes e outros produtos cosméticos.
Somente nos EUA, até 8 trilhões de microesferas de plástico acabam indo parar nos habitats aquáticos, todos os dias, pelo ralo das casas. É uma quantidade suficiente para cobrir a superfície de 300 quadras de tênis.
As estações de tratamento de esgoto não foram projetadas para lidar com as elas que representam partículas muito resistentes e minúsculas, são altamente poluentes, não são biodegradáveis e podem permanecer na água “para sempre“.
Todas as espécies de vida vêm a ser danificadas com o uso deste microplástico e, através dos peixes e dos frutros do mar, fazem o seu caminho na cadeia alimentar até chegarem ao organismo do homem. Os animais aquáticos que vivem em recifes confundem as microesferas com comida de verdade e todo esse plástico pode bloquear seus sistemas digestivos e impedir a absorção dos nutrientes que os animais necessitam.
Os dados disponíveis são fortes o suficiente para pedirmos por uma proibição total da utilização de microesferas de plástico nos produtos cosméticos e detergentes.
No Brasil, a Associação Brasileira do Lixo Marinho abriu uma petição on line endereçada pede para que a Anvisa proíba o uso destas microesferas em cosméticos brasileiros.
Segue o link: https://secure.avaaz.org/po/ petition/Anvisa_Proibam_a_ utilizacao_de_microesferas_de_ plastico_em_cosmeticos
Enquanto isso, nós consumidores já sabemos: nada de esfoliantes, nada de pastas de dentes com microefesferas e nada de sabonetes líquidos ou cremosos que contenham microplásticos.
PARA FICAR ESPERTO:
Se quiser não comprar produtos com microesferas de plástico, fique ligados NESTES INGREDIENTES:
- Polietileno
- Polipropileno
- Poliestireno
COMO AJUDAR:
- Separe o lixo reciclável
- leve sempre uma sacola reciclável na bolsa e quando for às compras
- não use canudos
- adote uma caneca de porcelana no trabalho evitando usar copinhos de plástico
- repasse estas informações para seus conhecidos
- jogue o lixo no lixo SEMPRE
- evite usar produtos com microesferas e usar purpurina